Teste piloto em Verdú para detectar pragas de coelhos com drones e inteligência artificial

O município de Verdú realiza um teste piloto para detectar pragas de coelhos com drones e inteligência artificial. Por isso, serão obtidos dados precisos e poderão ser estabelecidas ações diretas e eficazes para combater a superpopulação desses animais que tantos danos causa à agricultura. É um projeto inovador promovido pela Generalitat, Câmara Municipal de Verdú, Câmara Municipal de Urgell e Agentes Rurais, a partir de uma proposta de Sergi Verdaguer, vereador de Verdú.

O projeto utiliza drones com câmeras térmicas e aéreas, combinadas com tecnologias de análise de imagem, identificar e mapear a população de coelhos e suas tocas. Os voos de drones acontecem ao entardecer e à noite, que é quando é mais comum a saída desses animais.

O Secretário de Telecomunicações e Transformação Digital, Albert Tortoenfatizou que “este projeto inovador demonstra como a inovação tecnológica é capaz de dar resposta a problemas específicos do território que têm um impacto muito importante no mundo local e no setor primário”. Segundo Tort, “com este projeto piloto treinamos o algoritmo de IA para melhorar a confiabilidade na detecção de coelhos.” Nesse sentido, Tort disse que até agora existiam algoritmos para detectar outros animais, mas não no caso de pequenos animais de caça, como os coelhos, que ele definiu como “um importante desafio tecnológico”.

Por seu lado, a Directora Geral da Agricultura, Rosa Altisent, reconheceu que “na zona declarada emergência cinegética, dois terços dos danos causados ​​às culturas devem-se à fauna cinegética e apesar das medidas implementadas não têm sido suficientes para controlar a população de coelhos”. Na verdade, no último ano a população de coelhos nestes condados aumentou passando de 145 exemplares/km2 (outubro de 2023) para 190 (outubro de 2024). Os agricultores da zona de Urgell salientam que existe pelo menos uma população de 500 exemplares por km2 e em alguns pontos específicos chegam a 10.000. A Altisent também destacou esta nova ferramenta que “Isso nos permitirá identificar as áreas onde há superpopulação e nos permitirá tomar ações muito mais diretas nesses pontos críticos“, indicou embora não tenha avançado quaisquer novas medidas.

Da plataforma Farmers ou Conills vêem a iniciativa com relutância. Seu porta-voz, Ramón Boleda, destacou que “nos casos em que não há peste, parece-nos bom ter o território controlado para detectar pontos onde possa haver sobrepopulação de coelhos ou outras espécies, mas quando a peste já existe o que precisamos é de acção contra os coelhos”. Pedregulho defendeu a caça como uma das medidas mais eficazes, embora tenha exigido mais recursos do governo para poder intensificá-la, quer no financiamento de munições, ajuda à aquisição de miras termais, mais recolhas junto dos Agentes Rurais, entre outros. Apesar de tudo, segundo Boleda, “a praga dos coelhos só pode acabar com um vírus, ainda que a caça possa reduzir muito a população e evitar que causem tantos danos às explorações”.

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