Quando você saiu de Tàrrega e por que decidiu ir para o exterior?
Cheguei à capital da Argentina, Buenos Aires, no início de março sem passagem de volta, embora estivesse pensando em voltar no final de agosto. Uma viagem para aprender e deixar por um tempo tudo que me enraizou na cidade, que é muita coisa.
Tive muita curiosidade de viajar para a América Latina e conhecer principalmente sua relação com a cenografia e as artes cênicas.
A língua não foi concebida para ser um obstáculo, mas uma vantagem.
o que ele está fazendo lá
Vim para ampliar meus estudos de cenografia e artes em geral. Não planeei esta mobilidade como um típico Erasmus universitário, mas sim para treinar, conhecer pessoas do setor e participar em eventos e espetáculos realizados na cidade.
Obviamente também aproveito para viajar pelo continente; Argentina, Chile, Peru, Brasil…
Qual a sua opinião sobre a Argentina?
Não há como tirar a Europa da cabeça, estão sempre a comparar-se. Economicamente falando é difícil ter uma vida estável, eles não veem futuro nisso, o que os tem levado a serem muito gentis ao verem que não haverá melhora. As cidades são muito mais humildes e pobres que a capital.
É um país de contrastes, de uma colagem. Estilos arquitetônicos de todo o mundo, muita pobreza nas ruas, a melhor tecnologia, caixas de papelão e mendicantes, ruas intermináveis com obras, natureza por toda parte, carros saqueados, velocidade imparável dos ônibus, lentidão nas filas de supermercados e bares, policiais em cada esquina, policiais fumando e conversando, muita atividade artística, festas todos os dias… enfim La ciudad de la furia.
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