Alunos do 4º ano de Jacint Verdaguer
Coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, que se comemora no dia 8 de março, entrevistamos a diretora da Rádio Tàrrega, Gemma Peris. 8 de março é um dia em que tomamos medidas para reivindicar mais ativamente o feminismo, ao mesmo tempo que denunciamos o sexismo. Este dia comemora a luta das mulheres pela sua participação, especialmente no local de trabalho, mas também nas esferas social, cultural, política e científica. Ao longo daquela semana na escola realizamos atividades em torno do conhecimento das mulheres Targarina que têm sido importantes em diferentes áreas como a educação, a ciência, a cultura ou a política. E é por esta razão que decidimos entrevistar uma mulher Targarina. Pensamos que, já que íamos à Rádio Tàrrega, poderíamos aproveitar para entrevistar sua diretora Gemma Peris, sobre o que ela pensa sobre as demandas do 8 de março e sobre suas facetas como radialista e escritora (nesta página reproduziremos apenas parte da entrevista, aquela que se refere a 8M. Você pode ver o restante no blog da escola Jacint Verdaguer: https://agora.xtec.cat/ceip-jacint-verdaguer-tarrega/ ).
O que você pensa, como mulher, sobre o Dia Internacional da Mulher e o que ele representa?
Gemma Peris: Eu adoraria se não tivéssemos que comemorar o Dia Internacional da Mulher. A verdade, que era apenas mais um dia no calendário e que não tínhamos que celebrá-lo porque significaria, então, que existe realmente plena igualdade entre homens e mulheres e não existem aquelas injustiças que às vezes, por tanto tempo que os arrastamos, não os vemos. Isso nos faz sentir que é normal, mas quando você para para pensar sobre isso e diz, cara, se eu visse um alienígena na Terra e visse isso, o que eu pensaria? Eu provavelmente diria que isso é muito injusto e é isso que eu adoraria, que nunca mais tivéssemos que comemorar isso novamente, porque isso significaria que está completamente normalizado.
O dia 8 de março é especial para você?
GP: A verdade é que temos sempre no calendário marcado. 8 de março e olha, lembro que ontem à noite meus filhos estavam procurando laços roxos e roupas roxas para vestir e é um daqueles dias que aqui na rádio a gente sempre tenta fazer algo especial e temos marcado, temos marcado no o calendário. E pensamos, tem a Feira, a Festa Maior, mas o dia 8 de março também é um daqueles dias que marcamos.
Você já se deparou com uma situação de desigualdade?
GP: Olha, uma desigualdade assim clamorosa, até onde eu sei, não. Mas é verdade que muitas vezes no dia a dia nos encontramos e muitas vezes o que poderíamos chamar de micro-masculinistas, micro-masculinistas ou mini-masculinistas, ou seja, às vezes acontece-me que pareço como se eu já estivesse começando a crescer e ainda me chamam de baby, para começar, baby! O fato de quando comecei aqui na rádio eu era bem jovem, claro, quinze anos atrás, também não era jovem, porque no final eu tinha 30 anos. Mas muita gente me via como muito jovem, considerando que o antigo diretor havia se aposentado e, portanto, tinha uma idade diferente. E essa mudança, por exemplo, eu percebi bastante. E vemos micromasculinismos todos os dias. Acontece que às vezes é preciso saber identificá-los, certo? Muitas vezes, nós mesmos fazemos isso. Essas micro masculinidades não são feitas só por homens, né? As mulheres também fazem micro masculinismos e esses sim às vezes você para um momento e fala lontras, não fizemos certo ou eles não fizeram certo e você tem que corrigir aos poucos.
Você pode ler a entrevista inteira aqui