Barragem de Tàrrega fecha por “falta de recursos”

Após dez edições, o festival da criação contemporânea turvar, que foi comemorado em Museu Tàrrega Trepat, fechou por “falta de recursos”. O seu promotor e diretor, o fotógrafo e gestor cultural, Jesus Vilamejo, explicou em um comunicado que “as dificuldades económicas e financeiras do Embarrat, assim como um ecossistema cultural pouco facilitador, já não permitem garantir uma programação de qualidade para a edição de 2025, nem uma remuneração adequada aos artistas e profissionais, nem dotar o festival de um mínimo de estabilidade organizacional”.

Vilamajó enfatizou que “faltam-nos recursos e forças para continuar”. “O L’Embarrat nasceu para apoiar e promover a criação contemporânea em Ponent, bem como para facilitar o acesso dos cidadãos à arte”, segundo Vilamajó, que fez um balanço “positivo” das dez edições do festival para as quais mais de 300 passaram artistas e agradeceu “o reconhecimento e a estima que Embarrat alcançou no panorama artístico e cultural catalão ao longo destes anos”. Vilamajó teve a certeza de que “mais cedo ou mais tarde outras iniciativas semelhantes, ou ainda melhores, irão prevalecer, porque a arte que estimula a vida e a cultura que pensa são tão necessárias que não as podemos deter”.

Por sua vez a prefeita de Tàrrega Alba Pijuan, agradeceu ontem à direção do festival Embarrat pelo trabalho que realizou nestas dez edições “tornando possível uma exposição de arte contemporânea na nossa cidade, sobretudo apoiando artistas emergentes e fazendo do Museu Trepat uma referência também pela inovação que o Embarrat representava na época como mecanismo e que o festival pretendia ser”. Pijuan também ela se mostrou solidária com o cancelamento do festival: “Entendemos a decisão tomada, pois às vezes é necessário fazer essas paradas repensar conceitos, encontrar novas ideias e inspirações diversas e diferentes.” Apesar disso, abriu a porta para continuar trabalhando para manter a exposição de arte contemporânea em Tàrrega e destacou que “esperamos poder continuar fazendo isso pela mão de Embarrat, que foram os iniciadores deste conceito e desta forma de apresentar as últimas tendências artísticas aos cidadãos de Tàrrega”.

Noutras edições, o Embarrat já tinha sido ameaçado por insuficiência de financiamento, mas o entusiasmo e o esforço de Vilamajó garantiram a continuidade. O orçamento do festival rondou os 45 mil euros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *