Em sua última pintura mural a fresco, Vestígios de Anglesola, Josep Minguell Cardenyes (Tàrrega, 1959) presta homenagem à vida da aldeia. A obra, que decora o sala de reuniões de Cal Gassol d’Anglesolaé uma representação do núcleo original desta pequena cidade da região de Urgell. O autor faz uma interpretação simbólica na qual destaca vida comunitária na ruabem como a transformação que a zona sofreu com a construção do canal Urgell.
O resultado é um imagem onde portas e janelas cheias de luz mostram uma cidade viva, conectado por suas ruas. “Sou apaixonado pelas aldeias, elas trazem-nos uma dimensão humana à vida comunitária e uma ligação com o passado e o ambiente natural. Devemos cuidar deles e estar atentos aos valores que eles trazem para nós”, alerta o artista Targarí. O artista é autor das pinturas do piso térreo do Palau de la Diputació de Lleida e também trabalhou para concelhos como Tàrrega ou Almacelles.
O novo mural será inaugurado no dia domingo 22 de dezembro às 12h em ato presidido por a prefeita de AnglesolaCarme Miró e pelo mesmo pintor. “Anglesola é uma cidade com arte arquitetônica, arte sacra e muita história dos nobres de Anglesola, mas nos falta arte e na hora de decorar a sala de reuniões de Cal Gassol, toda a corporação concordou que haveria será uma obra de Josep Minguell, autor da região, de km 0, e de porte internacional”, explica a prefeita.
A obra ocupa uma área de 18 metros2. Está localizado em caves de uma antiga casa senhorial do século XVIIque o município está a reabilitar. É um dos edifícios mais importantes do património arquitectónico de Anglesola e faz parte do conjunto de casas desta época: cal Paguera, cal Erill, cal Alçamora, cal Real, cal Casa Gran e cal Pons. Localizada na Carrer Major d’Anglesola, a propriedade destaca-se pela sua fachada renascentista de silhares de pedra. No rés-do-chão, onde se situa a sala, o forno de pão, os baldes para o azeite, os quadros para os cavalos e as adegas, uma delas com uma taça para o vinho de importantes dimensões
Sobre a pintura a fresco, Carme Miró declara que “para nós é um trabalho adequado, que faz sentido, nesta sala e desta forma. É uma obra que te faz rir e que te faz rir em letras maiúsculas, numa compilação de detalhes que juntos nos fazem perceber a riqueza cultural que temos. Além disso, chega a todosa adultos e crianças, porque é alegre, fresco, com muita luz e muito nosso. Uma obra singular, que representa todos nós, homens e mulheres ingleses“.